MAUS TRATOS NA INFÂNCIA
Segundo a Direção‐Geral da Saúde, “Os maus tratos em crianças e jovens dizem respeito a
qualquer ação ou omissão não acidental, perpetrada pelos pais, cuidadores ou outrem, que
ameace a segurança, dignidade e desenvolvimento biopsicossocial e afetivo da vítima.”
A prática de maus tratos pode apresentar diferentes formas como, por exemplo, negligência;
mau trato físico; mau trato psicológico/emocional; entre outras.
Importa então distinguir mau trato físico de psicológico e partilhar os sinais de
alerta para que todos possamos estar atentos e oferecer auxílio.
O mau trato físico resulta de qualquer ação não acidental, que provoque (ou possa vir a
provocar) dano físico à criança ou jovem e que seja aplicada por pais ou outros cuidadores com
responsabilidade face aos mesmos. Pode ocorrer repetidamente ou num ato isolado. Alguns
sinais indicadores de mau trato físico são: lesões que deixem marcas (fivela, corda, mãos);
hematomas; cortes; fraturas das costelas; sequelas de traumatismo antigo; perturbações do desenvolvimento (peso, estatura, linguagem, …); alterações graves do estado nutricional; etc.
O mau trato psicológico resulta da privação de um ambiente de segurança e bem-estar afetivo imprescindível para o crescimento e desenvolvimento equilibrados da criança ou jovem.
Assim, é importante conhecer alguns sinais que podem ser indicadores de mau trato psicológico: episódios repetidos de urgência por cefaleias, dores musculares e abdominais sem causa orgânica aparente; comportamentos agressivos (auto e/ou hetero-agressividade) e/ou automutilação; excessiva ansiedade ou dificuldade nas relações afetivas interpessoais; perturbações do comportamento alimentar; alterações do controlo dos esfíncteres (enurese, encoprese); choro incontrolável no primeiro ano de vida; comportamento ou ideação suicida.
Em jeito de conclusão, é importante salientar que, é um dever cívico de qualquer pessoa denunciar uma possível situação de maus tratos que possa colocar em risco a vida ou a integridade física ou psíquica de uma criança ou jovem. Assim, poderão encontrar mais informação no site da Comissão Nacional de Promoção dos Direitos e Proteção das Crianças e Jovens (https://www.cnpdpcj.gov.pt).
Caso surjam situações em que uma criança ou jovem apresente alguns dos sinais acima descritos, que sugiram que esta possa estar em risco ou perigo, é possível encontrar os passos para sinalizar no site (https://www.cnpdpcj.gov.pt/proteger/a-crianca-em-risco/sinalize.aspx).
Elaborado por:
Equipa de Psicologia Clínica do Centro UP
